Logo da ASLCA

ASLCA

Academia Santanense de Letras, Ciências e Artes

Biliu de Campina, um artista inesquecível

12/05/2025

Biliu de Campina no último show de sua carreira, em Umbuzeiro — Foto: Roan Nascimento/Divulgação

Biliu de Campina, um artista inesquecível

Dedicamos a matéria ao querido confrade Luiz Antônio de Farias, Capiá, fã incondicional do artista paraibano.

Reprodução de Matéria publicada pelo G1 PB, publicada em 08.07.2024

“Severino Xavier de Souza(1949-2024), mais conhecido como Biliu de Campina, foi um compositor, cantor e advogado paraibano. Forrozeiro formado em direito pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), trocou a advocacia pela música em 1978, quando iniciou a carreira artística, resgatando o forró de raiz, o cantor e compositor se autointitulava como o maior carrego de Campina Grande.

Na carreira musical, Biliu de Campina lançou três discos independentes: Tributo a Jackson e Rosil, Forró o Ano Inteiro e Matéria Paga, e lançou dois cedês independentes: Do Jeito que o Diabo Gosta e Forrobodologia. No ano de 2002, mantendo seu lado irreverente, lançou outro projeto, o cedê 'Diga Sim a Biliu de Campina', trocadilho da campanha nacional do combate à pirataria, que dizia \"Diga não a Pirataria\".

O forró de Biliu tem toda a essência dos forrós tradicionais, com um swing característico dos discípulos de Jackson do Pandeiro. Na sua história em Campina Grande, Biliu fez de tudo um pouco no meio da música, chegando a ser puxador de samba nos carnavais da Rainha da Borborema. Mas o que o artista fez por muitos anos foi subir no palco do Maior São João do Mundo, no Parque do Povo.

Biliu teve sua primeira composição gravada em 1984, \"A Grande Herança\", por Messias Holanda e criou a banda \"Os ETs do Forró\". Em seus três primeiros discos, incluiu, além de suas composições, outras já consagradas, como \"O canto da ema\", de João do Vale, Aires Viana e Alventino Cavalcanti, e \"Sebastiana\", de Rosil Cavalcanti. Gravou também \"Galo I (trupizupe)\" e Galo II (embalo geral) músicas do bloco Galo de Campina, com arranjos do maestro Gabymar Cavalcanti.

Em 1989, participou com Gilberto Gil de show realizado no Parque do Povo, em Campina Grande, no lançamento do movimento político-ecológico \"Onda Azul\" e que também serviu como homenagem aos 70 anos de Jackson do Pandeiro. Em 1999, foi homenageado durante o Forró Fest.

Foi essa mistura de ritmos, humor e tradição que levou o artista a ser homenageado com o troféu “Ícone da Cultura” do projeto Sesi Forró na empresa 2008. De lá pra cá, Biliu esteve presente em quase todas as edições do Maior São João do Mundo em Campina Grande.

No dia 30 de março de 2022, Biliu de Campina e outros artistas da região foram reconhecidos pelo estado como os novos mestres das artes, pela Lei Canhoto da Paraíba.

Em 2022, Biliu ficou internado no Hospital Municipal Pedro I, em Campina Grande, com um quadro de congestão pulmonar e precisou fazer sessões de diálise. Em julho do mesmo ano, ele deu entrada novamente em uma UPA da cidade e foi transferido para o Hospital Municipal Dr. Edgley, com edema agudo hipertensivo provocado por uma hipervolemia, que é o excesso de líquido nos pulmões em função de uma doença renal crônica. Após a recuperação, deixou o hospital no dia 6 de julho.

A última aparição de Biliu foi em 29 de março de 2023, durante um evento particular em Campina Grande, em que ele era o homenageado. Em 30 de março, o cantor procurou uma unidade hospitalar com um pico hipertensivo, pressão arterial, pressão alta, dificuldade na fala e outros sintomas difusos, o que levantou suspeita de AVC.

Já em junho 2024, Biliu de Campina foi internado no Hospital de Trauma de Campina Grande dois dias depois de ter o show no Maior São João do Mundo cancelado. Dias depois, Zezé di Camargo e Luciano homenagearam Biliu no palco principal do Parque do Povo.”

https://g1.globo.com/pb/paraiba/videos-jpb1/video/veja-a-historia-de-um-dos-maiores-icones-da-cultura-campinense-5071785.ghtml

Reprodução de Matéria publicada pelo G1 PB, publicada em 08.07.2024