Já é Natal, de novo! Hayton Rocha
Ja é Natal, de novo!
Reprodução do blog do Hayton
Com suas canções, luzes e tradições, o Natal tem a estranha mania de apertar o botão de replay de nossas memórias mais profundas. Não importa o quanto o mundo mude, algo nele nos arrasta para cenas antigas, como um filme que insistimos em rever ou como quem folheia um álbum de fotografias buscando entender o que passou – e o que ainda está por vir.
Quem, como eu, já dobrou a esquina da boa esperança, tem o direito de contar e recontar histórias sem se preocupar com os céticos que duvidam que elas possam revelar novos ângulos. Sabe que o Natal é uma época que nos força a olhar para dentro, revisitando quem fomos, quem somos e quem ainda podemos ser. É um recomeço disfarçado de rotina, um lembrete de que a vida se move em círculos, mas sempre nos dá a chance de fazer diferente na volta seguinte.
Desde que habitávamos as cavernas, somos todos contadores de histórias. Primeiro, pintávamos as paredes. Depois, contávamos mentiras e verdades ao redor do fogo, escrevíamos livros que eram lidos até pelos mais jovens (prática incomum, ultimamente). Nossas histórias agora circulam pelas redes sociais ou ganham vida em telas de cinema. E poucas invenções conseguem tocar tão profundamente o coração humano quanto o cinema, essa mistura fascinante de imagens, sons e emoções que nos faz lidar com a realidade com os olhos da imaginação.