✩1927 †2004

Acompanhando os passos do primo Aguinaldo, Fernando Nepomuceno Filho, depois de haver estudado em Recife, também se transferiu para o sudeste. Opta por São Paulo, onde se diplomou em economia e finanças, firmando-se como contabilista notável, pertencente à escola patrimonialista. Nessa condição, foi agraciado com a Medalha Joaquim Monteiro de Carvalho, da Ordem do Mérito Contábil, pelo Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo. Recebeu também o Prêmio CEFIR, considerado o Oscar do Imposto de Renda, concedido pelo Centro de Estudos da Fiscalização do Imposto de Renda.

Trabalhou durante vários anos com contador das empresas Mesbla, Esso, Bozzano e outras, decidindo posteriormente estabelecer-se por conta própria. Sua consultoria prestou serviços a empresas de todo o país, principalmente no âmbito da legislação tributária. Especialista em treinamento na área da contabilidade de custos, lecionou na PUC de São Paulo e em outras faculdades paulistas, sendo requisitado para proferir palestras em todo país, contabilizando mais de 800 cursos e seminários. Publicou 137 obras sobre matérias de sua competência, criando para isso uma editora, cujo nome remete à identidade santanense. A Sociedade Editora Ipanema, sediada em Peruíbe SP, lançou vários títulos de sua autoria.

Sua principal obra é sem dúvida o Dicionário dos Fatos Contábeis (São Paulo, IOB, 2004), contendo um volume apreciável de verbetes de natureza histórica, taxonômica e patrimonial. Trata-se de obra póstuma, publicada em 2 volumes, em parceira com Carlos dos Santos Almeida e Igor Tenório. Acometido de infarto fulminante, faleceu em Peruíbe (2004), no litoral sul de São Paulo, sendo homenageado pela comunidade como patrono de uma escola municipal. Em Santana do Ipanema foi integrante ativo da equipe do Teatro de Amadores Augusto de Almeida.