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Academia Santanense de Letras, Ciências e Artes

José Cândido da Silva

Cadeira Nº 18
José Cândido da Silva

José Cândido da Silva

Cadeira Nº 18

✩1927 †2008

José Cândido nasceu no Sítio Puxinanã, no município de Santana do Ipanema AL, em 11.03.1927, filho dos pequenos agricultores Enoque Alves da Silva e Quitéria Carneiro da Silva. Aos 18 anos, em 1945, mudou-se para Aracaju, onde morou com um tio e trabalhou como operário. Cinco anos depois, já casado com Celina Mecenas, foi para o Rio de Janeiro, onde viveu quase 40 anos, tendo trabalhado 12 anos como condutor de bonde da Light.

Depois de ter assistido a uma apresentação de Luiz Gonzaga na Rádio Nacional, começou a escrever versos e compor baiões. Suas primeiras composições foram gravadas em 1955 pelo cantor potiguar Aldair Soares. Em seguida conheceu João do Vale, na Praça Tiradentes, e tornou-se seu parceiro em onze músicas. Carcará, composta pela dupla em 1964, fez parte do show Opinião, e foi o marco inicial da carreira da cantora Maria Bethânia, tornando-se um dos símbolos musicais da resistência à ditadura militar.

José Cândido teve mais de 80 composições gravadas, entre elas \"O cabelo da boneca\", \"Morena do grotão\", \"Pé do lageiro\" e \"Ouricuri\". A trilha sonora do filme No Mundo da Lua (1958), dirigido por Roberto Farias, teve três músicas da sua parceria com João do Vale: \"Aroeira\", \"Machucado\" e \"O segredo do sertanejo\", aparentemente cantadas pelo ator Reginaldo Faria, mas com a voz de Evaldo Gouveia.

Em 1989, já aposentado, José Cândido retornou a Santana do Ipanema e, em 1992, mudou-se para Aracaju, onde fixou residência. Em 1997 escreveu uma autobiografia, \"O menino de Puxinanã\". Em 2001 publicou um segundo livro, o romance de cenário nordestino \"O querubim\". Morreu em 2008, aos 80 anos, por falência de múltiplos órgãos.