José Pereira Monteiro
José Pereira Monteiro
Cadeira Nº 37
José Pereira Monteiro, nasceu em 17.08.1922, no povoado de Capelinha, que à época, pertencia ao município de Santana do Ipanema, filho de Joaquim Monteiro e Ana Rosa Monteiro. Foi casado com Laura da Silva Monteiro, com quem teve 7 filhos, a saber: Silvio Roberto (In memoriam), Mércia, Rui, Raul, Romulo, Regina e Rosângela.
Funcionário Público Estadual, exerceu os cargos de Fiscal de Rendas, Coletor Estadual e Agente Controlador de Arrecadação da Secretaria da Fazenda. Trabalhou em diversos municípios alagoanos: Palmeira dos Índios, Santana do Ipanema, Água Branca, Limoeiro de Anadia, Capela e Maceió, onde se aposentou em 29.09.1975.
Raul Pereira Monteiro, poeta e escritor, diz sobre o irmão: “Das glosas que se vão ler, alguns motes são de autoria do meu irmão José Pereira Monteiro, que também faz versos e, nesse gênero, atendendo a pedido meu especificamente, realiza crítica com aptidão e imparcialidade. É ele, sem dúvida, o mais autêntico herdeiro de meu pai, no âmbito da poesia, sem que de tal dê mostras a ninguém. Denunciam-no, porém, os olhos abstratos e seu profundo amor à natureza.”
“Saudade é bem uma imagem
Do passado, em nossa mente,
Que chega e sai como aragem,
Murmurando adeus a gente.”
Contou Djalma Carvalho que em 1970, já funcionava ativamente na cidade o clube de Lions, fundado no ano anterior, tendo, então, como presidente José Pereira Monteiro, cidadão gozador e contador de histórias engraçadas. Na época o Lions Clube resolveu homenagear os diretores do filme “ A Volta pela Estrada da Violência”, primeiro longa-metragem de Alagoas, gravado em Santana do Ipanema, dentre outras cidades, convidando-os para um jantar festivo que se realizou no salão superior do Tênis Clube Santanense.
Aguardavam para o jantar somente os diretores do filme. Calculava-se que chegariam ao clube apenas duas ou três pessoas, para as boas-vindas e as homenagens da cidade hospitaleira. Aconteceu que, de repente, para surpresa dos dirigentes, compareceram ao jantar vinte ou mais pessoas que se diziam da produção do filme.
E agora? Estava, assim, estabelecido verdadeiro transtorno para os organizadores do jantar, especialmente as senhoras do clube, providenciando-se, em cima da hora, mesas e mais cadeiras para o evento, além da quantidade de pratos e talheres. Enfim, superados os imprevistos, realizou-se o jantar.
Após as surpresas, o presidente do Lions, ainda perplexo, não perdeu o bom humor, e comentou, à boca miúda: “Puxa! Só lhes faltaram trazer para o jantar os cavalos do filme!”
Associado das Academias Maceioense de Letras, Academia Paraibana de Poesia e Associação Alagoana de Imprensa, escreveu vários livros, dentre eles Ribeira do Panema (2002), O Menino e as Borboletas (2003), Santana do Meu Tempo,(2003) Poço do Juá(2005), Velho Monumento (2006), Rosas do Caminho (2007) e Nos Braços da Fantasia (2008).
No ano de 2002, foi homenageado no povoado de Areia Branca, em Santana do Ipanema, onde seu nome foi atribuído à Biblioteca Pública daquela localidade.
Faleceu em Maceió, no dia 20 de janeiro de 2013, aos 90 anos.
Biblioteca Pública José Pereira Monteiro no Povoado Areia Branca (Foto: Arquivo)