A jovem escritora Laysa Soares, de 22 anos, natural de Poço das Trincheiras/AL, viveu um momento marcante em sua trajetória literária ao lançar seu primeiro livro infantil, “Os Cachos de Nara e o Rio Misterioso”, durante a 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, realizada em Maceió.

Professora e apaixonada pela escrita desde a adolescência, Laysa transformou em obra o amor pelas histórias e pela cultura de sua terra. O livro apresenta uma narrativa voltada ao público infantil, que valoriza a identidade, o território e os laços afetivos com o sertão, buscando despertar nas crianças o encanto pela leitura e pela natureza que as cerca.

Mais do que uma conquista pessoal, o lançamento representa um marco para Poço das Trincheiras, já que Laysa é a primeira e única escritora da cidade com um livro publicado.

“Estar na Bienal Internacional do Livro de Alagoas, cercada de tantos autores, leitores e histórias, foi como ver um sonho de menina se materializar diante dos meus olhos. Cada página de Os Cachos de Nara e o Rio Misterioso carrega pedaços do meu sertão, da minha infância e das vozes que me ensinaram a amar a palavra”, contou a autora.

Para Laysa, estar na Bienal como autora publicada foi a concretização de um sonho iniciado ainda na juventude, quando escrevia crônicas e poesias inspiradas no cotidiano sertanejo. “Já havia participado de outras edições da Bienal, mas dessa vez foi diferente. Estar ali com meu próprio livro nas mãos me fez perceber que os sonhos que a gente cultiva com amor realmente florescem”, destacou.

A escritora também reflete sobre o significado simbólico de viver esse momento: “Lançar um livro num evento dessa proporção é também um ato de resistência e de amor, é levar o sertão para o mundo, mostrando que há poesia nas veredas, nos rios, nos cachos e nas esperanças que brotam do chão”, afirmou.

O lançamento aconteceu no dia 3 de outubro, no estande da Editora Performance, reunindo autores, leitores e profissionais do livro de todo o país.

A publicação do livro “Os Cachos de Nara e o Rio Misterioso” foi viabilizada com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), do Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura (Minc), e operacionalizada pelo Governo de Alagoas, através da Secretaria de Estado da Cultura e da Economia Criativa (Secult).